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Prof Thiago Bernardino de Carvalho

 

 

Indicadores nos últimos dez anos vem mostrando consistentemente que a pecuária de corte no Brasil vem evoluindo de forma contínua, seja com o uso de tecnologias (sanidade, nutricional, genética e manejo do pasto), assim como na gestão financeira da atividade. A necessidade de se produzir mais com menos, ou seja, mais quilogramas por animal, conhecendo os números da atividade vem sendo observado dentro da porteira no país.

Os números do volume total de animais abatidos, assim como o peso total das carcaças no quarto trimestre do ano passado, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que a produtividade de quilogramas por animal atingiu patamar histórico ao longo de 2018.

A produtividade em média do rebanho (considerando boi, vaca, novilho e novilha) no ano passado foi de 249,35 kg/animal, o maior valor da história. Este número representa alta de 0,2% em relação ao ano de 2017, mas +4,86% e +5,07% superior aos anos de 2014 e 2013, respectivamente, que tiverem uma produção de carcaça superior. Ou seja, houve incremento no abate de animais naqueles anos em contrapartida do aumento de produtividade de carne por animal.

Foram produzidos no Brasil em 2018 um total de 7,94 bilhões de quilogramas de carne bovina, número 3,36%, 7,9% e 5,96% superior respectivamente aos anos de 2017, 2016 e 2015. O número é historicamente apenas inferior ao registrado nos anos de 2014 (-1,53%) e 2013 (-2,77).

Em termos de número de animais abatidos o montante atingiu 31,4 milhões de animais, número 3,16% superior ao mesmo período de 2017, 7,2% maior que em 2016 e 3,88% maior que em 2015. Considerando o mesmo período de 2014, a soma de animais abatidos no ano passado foi 6,09% inferior, ou seja, mostrando que o rebanho nacional vem se tornando mais pesado e produzindo mais carne em curto espaço de tempo.

Os dados ajudam a entender os movimentos de preços e mercado, pincipalmente da carne que ocorreram nos últimos meses do ano de 2018 e que podem sinalizar o que deve ocorrer em 2019. A maior oferta de animais ao longo 2018, devido à um aumento de produtividade e somado à um mercado doméstico menos aquecido, não ajudaram na sustentação de preços de forma continua.

Já 2019 se inicia de forma mais sustentada devido a menor produção de animais prontos para o abate e menor oferta de carne no final do ano, trazendo a expectativa de melhora nas cotações no primeiro trimestre, e fazendo com que a margem melhore para o pecuarista, principalmente o terminador.